extraída do livro “Serpentinas”, 1998)
Não quero ser outra
quero ser a que sou
olhando-me no espelho.
Por que?
- ando me buscando
pesquisando
descobrindo
em cada côncavo da alma.
Sou rica
nas emoções que sinto –
meus pensamentos de paz.
Tenho identidade – ternura – sonho
vontade de voar.
Nem sempre me reconheço –
as imagens deformam
o contorno do coração.
Quando os olhos parecem calmos
existe um vulcão no meu silêncio.
E o riso –
a luz que cintila na lâmina prateada?
- é a ânsia de abraçar
sentir-me humana
confiante
bela –
o amor fluindo do sorriso
e eu – sendo eu...
Dolores Mascarenhas Cantera de Campos
Nasceu em Bagé/RS. Poeta. Fez seus estudos na terra natal e no Rio de Janeiro. Cursou o Instituto de Belas Artes, diplomando-se em História da Música, Harmonia e Piano. Tem poemas premiados. É autora dos livros Poesias (1944), Carícia (1954), Malacacheta (1981) e Serpentinas (1998). Seu quinto livro, Círculos, tem publicação prevista para este ano.
E também é minha avó!
5 comentários:
Olá leticia, como está?
Olha, muito bonita a poesia da Dolores, trabalhando este plural que é o eu feminino.
abraços
re
Tua avó?! Esta lindeza de mulher?!
Que coisa boa Letícia!.
O poema é lindo e tua avó também.
Um beijo.
Olá Letícia!
Gostei bastante do teu blog e de como escreve. Você faz parecer fácil...rs
Gostei e voltarei. Deixo o convite para conhecer o meu, com poesias minhas.
http://becruel.blogspot.com/
Um abraço
Celso
Passei pra te deixar um abraço.
Odele, obrigada pelo carinho. Vou mostrar teu comentário à minha avó poeta, que certamente ficará muito feliz. Estou numa correria nos últimos tempos, mas prometo que logo logo atualizarei este blog!
Rê, adoro tuas visitas e adoro o letra e fel. Beijos para ti.
Celso, fico feliz que tenhas gostado da minha escrita. Ter esse tipo de retorno é muito bom, é um estímulo importante a seguir em frente. Assim que puder navegarei no teu blog e lerei tuas poesias. Volte sempre ao efêmeras letras.
Um abraço,
Letícia.
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