Já não reconheço as ruas
quando meus passos percorrem a calçada antiga.
As pedras as mesmas, as mesmas árvores,
o sabiá e o lilás das campainhas.
quando meus passos percorrem a calçada antiga.
As pedras as mesmas, as mesmas árvores,
o sabiá e o lilás das campainhas.
Do velho armazém nada alterado
e em pé segue a casa do professor.
O céu anil do outubro na cidade
pinta de ares serenos a tarde.
Mas já não reconheço as ruas
quando piso meus passos pequenos
e respiro o concreto imponente e feio.
Quando vejo aquele homem na calçada
que dorme sobre nada e nada sonha
e aqueles que passam apressados indiferentes irados
e nada vêem.