terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mais um lançamento dos gatinhos!


Os gatinhos estão de volta! Vamos nos encontrar com estes três endiabrados para mais um lançamento, desta vez no Cinema Guion, no dia 10 de dezembro às 18:30. Esperamos vocês!

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013


O lançamento dos gatinhos Fidalgo, Finório e Firula, na Feira do Livro de Porto Alegre, foi muito bacana! O QG dos Pitocos, onde rolou a contação da história e o bate-papo conosco, estava cheio de crianças super animadas e curiosas, acompanhadas de seus pais, a quem agradecemos pela presença. Agradecemos também de coração aos amigos que compartilharam com a gente a nossa alegria.
Muito obrigato!

Vejam fotos do lançamento no meu outro blog, o loveolivro

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Carta de Caxias - Manifesto de escritores gaúchos

Associação Gaúcha de Escritores - AGEs divulga Carta de Caxias: fruto do encontro de escritores

ENCONTRO DE ESCRITORES DA AGES / CAXIAS DO SUL – 2013

CARTA DE CAXIAS

No instante em que encerramos as atividades do Encontro de Escritores da AGES 2013, que se realizou integrado à 29ª Feira do Livro de Caxias do Sul, em retrospectiva, encontramos motivos para reforçar nossas convicções no que tange a importância de iniciativas dessa natureza. Durante nossas conferências e debates, a quase totalidade das questões que envolvem as cadeias produtivas, criativas e mediadoras do livro e da leitura foram abordadas, suscitando importantes reflexões. Viu-se reforçado o papel do escritor em sua inserção na sociedade – formador de opinião e indutor de visão crítica –, bem como o entendimento do livro como bem cultural indispensável.

Os temas receberam diferentes visões, numa troca de informações multidisciplinar, sempre de modo a construirmos sínteses e estratégias que influenciarão futuras ações dos envolvidos em prol de nossas causas. A cooperação esteve sempre em voga, bem como o sentimento de que oportunidades dessa natureza são indispensáveis pois, isoladamente, poder público, editoras, livreiros, mediadores de leitura e produtores de conteúdo dificilmente verão seus esforços surtirem o melhor efeito.

Como conclusão, percebemos que, além de políticas de leitura que facilitem o acesso ao livro nos âmbitos municipal, estadual e federal, é importante que sejam priorizados espaços para a qualificação dos mediadores de leitura, a fim de que o livro tenha, de fato, papel relevante na formação do leitor literário e na construção da cidadania. Outrossim, reforçamos a importância que todos os programas de leitura prevejam a realização de projetos de leituras propostos pelas entidades beneficiadas por tais programas.

Em relação às políticas públicas do livro e da leitura, entendemos como fundamental que haja maior democratização das informações de editais que proponham financiamentos nos diferentes âmbitos do setor livreiro (criação, produção, mediação), a fim de que as organizações da sociedade civil possam dialogar e atuar na construção de planos de leitura nos diferentes níveis e também possam habilitar-se para participarem de tais políticas. Para tal, julgamos ser importante que tais editais sejam amplamente divulgados na mídia e enviados a setores e organizações ligadas ao livro e à leitura.

Por fim, a AGEs reafirma seu compromisso de ser entidade representativa dos interesses majoritários de seus associados, promovendo ações e projetos voltados à criação literária e à divulgação do trabalho de seus associados, quer através de sua maior inserção no sistema literário, quer destacando aspectos relevantes de sua produção, seguindo sua política de parcerias com entidades públicas e privadas, com feiras de livros, sempre com o objetivo de congregar escritores e demais agentes da área do livro e da leitura. Reiteramos, também, nossa posição em defesa da natureza profissional da atividade de escritor em seu trabalho literário e intelectual.

Caxias do Sul, 29 de setembro de 2013.
Diretoria da AGES

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Livro novo



Muito feliz com mais um livro! É o meu terceiro infantil, que sai pela Editora Libretos. Ilustrações incríveis do Yuji Schmidt. Em breve, notícias do lançamento.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Andei lendo...

Nos últimos tempos, andei lendo:

Felicidade demais (contos), Alice Munro
Cadernos de Literatura Brasileira - Erico Veríssimo
Corpos estranhos, Cynthia Ozick
Sagrada família, Zuenir Ventura
Seminário dos ratos (contos), Lygia Fagundes Telles
O coronel Chabert, Honoré de Balzac

E estou lendo:
Os enamoramentos, Javier Marías

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Inícios


 
"L'anno moriva, assai dolcemente. Il sole di San Silvestro spandeva non so che tepor velato, mollissimo, aureo, quasi primaverile, nel ciel di Roma. Tutte le vie erano popolose come nellle domeniche di maggio. Su la piazza Barberini, su la piazza di Spagna una moltitudine di vetture passava in corsa traversando; e dalle due piazze il romorio confuso e continuo, salendo alla Trinità de' Monti, alla via Sistina, giungeva fin nelle stanze del palazzo Zuccari, atenuato."

("Il piacere", de Gabriele D'Annunzio, 1889.
Milano: BUR-Rizzoli, 2011)

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Andei lendo...

Nos últimos tempos, andei lendo:

Il piacere, Gabriele D'Anunzio
Barba ensopada de sangue, Daniel Galera
A chave de casa, Tatiana Salem Levy
Nos penhascos de mármore, Ernst Jünger
Nós, os gaúchos, coord. Sergius Gonzaga e Luís Augusto Fischer
O jovem Törless, Robert Musil

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

As crianças, o caráter e a coragem


No último 13 de janeiro, completou um ano o naufrágio do navio Costa Concordia na ilha de Giglio, no litoral italiano, episódio que ficou marcado pela fuga do capitão Francesco Schettino, abandonando a bordo mais de 4 mil passageiros e tripulação à própria sorte, num desastre que teve um saldo de 32 mortos, numa atitude diametralmente oposta à que se esperaria de um capitão: um papel de liderança, coragem e responsabilidade.

Um novo janeiro, uma nova tragédia, de grandes proporções: no dia 27, em Santa Maria, mais de 230 jovens perdem a vida em decorrência do incêndio na boate Kiss. Vergonhosamente, algumas autoridades municipais e estaduais revelam a preocupação de rapidamente se eximir e transferir qualquer responsabilidade.

Infelizmente, esses episódios trágicos não revelam atitudes isoladas e excepcionais de alguns cidadãos e representantes de instituições, mas espelham tristemente um modo de agir cada vez mais difundido hoje: autocentrado, individualista e distanciado, focado na autopreservação e na não assunção de responsabilidade. Arriscamos que esse modo de agir se torne regra de comportamento, se não o repelirmos com severidade e firmeza, se não houver a clara condenação moral desses atos e manifestações por parte da sociedade. O desafio está em não deixar que esse tipo de conduta se banalize. Que, aos olhos das novas gerações, ele não seja visto como normalidade, diante da qual calamos ou não mais nos surpreendemos.

Vivemos numa época de maior isolamento social e pouca interação presencial, de carne e osso (para além das múltiplas possibilidades de interação do mundo digital), que podem exacerbar sentimentos de individualismo, autopreservação e indiferença com relação ao outro. Além disso, vivemos em sociedades que valorizam o ter em detrimento do ser, onde o êxito pessoal é medido pelo sucesso econômico - ou pela aparência de sucesso. Fazemos o culto das celebridades e do dinheiro, e não o culto da postura ética diante da vida, do compromisso social, da nobreza de caráter e da coragem. Essas expressões soam mesmo anacrônicas, nos dias que correm.

Diante desse cenário, é fundamental que pensemos criticamente em como estamos formando as novas gerações e em que exemplos estamos dando às crianças. Serão elas capazes de se tornar adultos solidários e éticos, preocupados com o bem-estar do outro, capazes de se identificar com o sofrimento alheio pela humanidade que nos acomuna, conscientes de suas responsabilidades, capazes de ação corajosa diante de uma situação difícil?

É preciso valorizar os exemplos positivos dos quais tomamos conhecimento e que vez por outra são divulgados na mídia. Recordo do ocorrido também em Santa Maria em dezembro passado, quando o pitbull de uma família atacou a menina de 2 anos que brincava com ele no quintal de casa. O vizinho da família, o pedreiro Gilson Dias de Freitas, ao ouvir os gritos de socorro da mãe da menina, não pensou na sua autopreservação e arriscou-se a entrar no terreno e fazer cessar o ataque, salvando a vida da criança. A revoltante tragédia da boate Kiss, na mesma cidade, nos dá também um imenso exemplo de caráter e coragem, quando muitos jovens já libertos do perigo ficaram na calçada para socorrer outras vítimas, pegaram em picaretas na tentativa de abrir mais passagens para a saída da boate, e até mesmo voltaram a entrar na boate para salvar outras vidas - inclusive com o sacrifício de sua própria, como ocorreu com Leonardo Machado de Lacerda, Rafael de Oliveira Dorneles, Vinícius Montardo Rosado e possivelmente com outros jovens.

Valorizar esses exemplos não significa exaltar ou incentivar uma postura de bravura temerária. Aristóteles já definia a coragem como virtude, situando-a como o justo meio entre os extremos da covardia (a deficiência) e da temeridade (o excesso). O que importa, me parece, é tentar substituir uma mentalidade de culto das celebridades e das aparências em culto do caráter, da coragem e, por que não, do heroísmo, na definição que Joseph Campbell fazia do herói: aquele cuja jornada não é o seu engrandecimento, seu propósito não é a evasão nem o êxtase para si mesmo, “mas a conquista da sabedoria e do poder para servir aos outros”. Para Campbell, uma das muitas distinções entre a celebridade e o herói é que um vive apenas para si, enquanto o outro sabe agir em favor do próximo e é capaz de dar a sua vida por algo maior que ele mesmo. “Quando deixamos de pensar prioritariamente em nós mesmos e em nossa autopreservação, passamos por uma transformação de consciência verdadeiramente heroica”.

Como autora de livros para crianças, penso no papel importante que a literatura infantil e juvenil pode ter na formação de seres humanos solidários, com caráter e coragem. É através das narrativas que compreendemos a história (da humanidade e a nossa história pessoal), que nos aproximamos da compreensão dos seus dilemas e desafios, dos diferentes modos de agir diante de determinadas situações, dos modos de ser perante os outros e perante si próprio, das diferentes visões de mundo e posturas diante do mundo. Além disso, a literatura ajuda-nos a crescer, a descobrir o que somos e, talvez o mais importante, o que queremos ser.

Nesse sentido, como sugere Campbell, as narrativas arquetípicas, heroicas ou de formação - onde o protagonista-criança ou jovem supera seus medos e dificuldades, descobre o mundo e a si mesmo, cresce espiritualmente e passa a assumir uma postura de responsabilidade, ao reconhecer que é capaz de agir para transformar uma situação - podem fornecer uma referência importante para acompanhar o desenvolvimento infantil, uma fonte de inspiração e coragem no caminho do crescimento para uma vida comprometida com a defesa de valores éticos e com o bem dos que nos rodeiam.


Aristóteles. Ética a Nicômacos.
Joseph Campbell. O poder do mito.

 
Letícia Möller
Coluna para o site Artistas Gaúchos

sábado, 12 de janeiro de 2013

Andei lendo...

Nos últimos meses, andei lendo:

Figura na sombra, de L.A. de Assis Brasil
Serrote - Revista de ensaios, artes visuais, ideias e literatura, n. 11
O rei e o camaleão, de Christian David (juvenil)
Memórias de um imigrante boêmio, de Josef Umann; trad. Hilda Hübner Flores
A estética do frio, de Vitor Ramil
Dossiê Drummond, de Geneton Moraes Neto
O coração das trevas, de Joseph Conrad

E estou lendo:
Il piacere, de Gabriele D'Annunzio

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