Sol diagonal na parede do quarto,
pelas frestas da veneziana
pinta harmônica geometria.
Dois, quatro, seis,
não sigo a conta,
a mente inquieta.
Pés preguiçosos
pesados ponderam:
reagir à inércia?
Pensamentos como flecha,
corpo cansado,
cria-se impasse.
Cada idéia fugidia
que me atravessa e já se esvai
são mais dois quilos numa perna
... são três cochilos nas mãos.
São olhos compridos
no esforço de contar
a geometria do sol.
Na parede do meu quarto.
2 comentários:
OLá letícia, belo poema! o olhar é pode ser um fantas ma que atravessa paredes, se inscreve num mundo outro, carregando consigo as "idéias fugidias", conta a geometria do sol e as estrelas...
Abraços
renata
Um beijo, Renata.
Obrigada pela presença.
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